“…Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou…” (Lc 24.5-6)
Fábio B. Coutinho
Era o terceiro dia da morte de Jesus. Judas, o traidor, havia se suicidado, o coração de João estava apreensivo e o de Maria, a mãe de Cristo, totalmente destruído. Pedro ainda enxugava as lágrimas que teimavam rolar em seu rosto, os demais apóstolos estavam dispersos.
Algumas mulheres com o coração resignado seguiam cabisbaixas em direção ao túmulo do seu Salvador, na esperança de conseguir “ungir” o corpo de Jesus. A noite havia sido sombria e o dia havia começado triste, pesado e sem esperança.
Não tardou para que a esperança recuperasse o seu vigor, para que o desânimo desse lugar ao ânimo e para que a alma em prantos fosse tomada de profundo júbilo. A notícia, apesar de inacreditável, era real: “…o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito…” (Mt 28.5-6).
Logo o Mestre apareceu pessoalmente aos seus discípulos (Jo 20.19-29) e eles ficaram tão felizes e admirados que mal conseguiam crer (Lc 24.41). Jesus comeu na presença deles e encorajou-os (Lc 24.44-49).
Nunca mais a vida dos discípulos de Cristo Jesus foi a mesma. Na realidade, após a esplêndida ressurreição do Senhor da vida tudo mudou: a humanidade foi dividida em duas – os que estão com Jesus e os que o rejeitam, o calendário foi dividido em dois grandes períodos – A.C. e D.C., a mensagem das Boas Novas de Grande Salvação se espalhou e chegou até aos confins da terra e a esperança da ressurreição do corpo e da vida eterna se tornou real no coração de cada servo do Senhor Jesus.
O Catecismo de Heidelberg, em sua pergunta 45, aponta três importantes aspectos da ressureição para aqueles que creem no Cristo ressurreto. Vejamos:
Em primeiro lugar: Pela ressurreição, ele venceu a morte, para que pudéssemos participar da justiça que ele conquistou com a sua morte (Rm 4.25 e 1Pe 1.3);
Em segundo lugar: Nós também, por seu poder, somos ressuscitados para a nova vida (Rm 6.4, Ef 2.4-6 e Cl 3.1-4);
Em terceiro lugar: A ressurreição de Cristo é a garantia de nossa ressurreição em glória (Rm 8.11e 1Co 15.20-22).
Que essas verdades façam o nosso coração se rejubilar, os nossos joelhos se dobrarem e nossos lábios se abrirem em verdadeira e contínua adoração diante do SENHOR.