A Urgência da Oração

A Urgência da Oração

PASTORAL45“De uma feita, estava Jesus orando em certo lugar; quando terminou, um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor, ensina-nos a orar…” (Lc 11.1)

Orar é uma necessidade para o cristão genuíno. Sem oração, a vida cristã se torna árida, sem perspectivas, sem musculatura, sem tônus. Timothy Keller afirma que “orar é o caminho para experimentar a confiança poderosa de que Deus cuida bem de nossa vida, de que coisas ruins serão para o bem, de que as boas não nos podem ser tiradas e de que as melhores ainda estão por vir”.

Imagine a seguinte cena: você recebeu um diagnóstico de uma grave enfermidade e o médico lhe informa que tem poucas horas de vida, a menos que tome um determinado remédio toda a noite antes de dormir. E o médico alerta: caso deixe de tomar o medicamento, mesmo que seja por uma noite, você poderá morrer. Você se esqueceria de tomá-lo? Certamente não. Com a oração é assim, se não orarmos diariamente ao Senhor, não sobreviveremos a tudo que temos que enfrentar nesse mundo. É preciso orar, temos que orar, não podemos abandonar essa ideia e também essa prática.

Mas, falar de oração é um tema extremamente difícil, não pelo fato de não sabermos dissertar sobre ele, mas por nossa posição diante de um assunto tão elevado. Diante do tema “oração”, nos sentimos pequenos, acanhados e até mesmo impotentes. Entretanto, é preciso vencer essas questões, pois a oração é uma porta segura para o nosso autoconhecimento, é o modo pelo qual Deus nos ouve e também a chave para tudo o que necessitamos fazer ou ser na vida.

Na Bíblia e na história temos relato de homens e mulheres de oração. Abraão confiava na oração, tanto é que intercedeu por Sodoma e Gomorra. Moisés colocou-se na brecha da oração em favor dos israelitas. Josué se manteve de pé como líder, porque era um homem que orava. Neemias, demonstrava amar e necessitar da oração a todo tempo. Os profetas do Senhor levavam a Deus as suas súplicas e derramavam seu coração diante do trono da Graça.

Os apóstolos e a igreja, mais tarde, após a ressurreição de Jesus, também demonstraram grande apreço pela oração. Todavia, o maior exemplo de oração é o próprio Filho de Deus, o nosso Senhor e Salvador Jesus. Ele sempre orou a Deus, em momentos de grandes decisões em seu ministério terreno e também na hora da tentação. Passou noites inteiras orando, orou quando estava na cruz, ensinou os discípulos a orar e ainda hoje continua à destra do Pai intercedendo pelos eleitos de Deus.

Além dos nossos pais na fé, dos apóstolos da igreja primitiva e de Jesus, podemos destacar grandes homens de Deus na história que influenciaram o mundo com sua vida de oração. Entre eles, Policarpo, Agostinho, Lutero, Calvino e homens considerados como os maiores avivalistas da história, tais como: John Wesley, G. Whitefield, Jonathan Edwards e essa lista poderia incluir vários missionários como Hudson Taylor, David Brainerd, e outros gigantes da oração, mas nos falta espaço para citar nesse breve relato.

O pastor Robert Murray M’Cheyne afirmou que “um homem é o que ele é quando está de joelhos diante de Deus, e não mais”. Precisamos de homens e mulheres que estejam dispostos a buscar a face de Deus. A igreja da atualidade necessita, urgentemente, voltar-se para a esquecida prática da oração, talvez, depois de mais de dois mil anos após a vinda de Cristo, precisemos clamar a Jesus como os discípulos fizeram: “Senhor, ensina-nos a orar..”, para que a nossa geração experimente um maior deleite no Senhor e desfrute de uma vida cristã abundante, maiúscula e rica da constante visitação de Deus.

Quero convidá-lo a ponderar sobre a sua vida de oração e desafiá-lo a buscar, diariamente, com mais diligência e prazer a face do Senhor. Experimente a alegria de uma vida abundante de oração!

Pr. Fábio B. Coutinho