Melhorando nossa comunicação
“Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tiago 1.19)
Segundo a Bíblia, “até o estulto, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios, por entendido” (Provérbios 17.28). Logo, o domínio da língua é um dos maiores desafios e dificuldades nos relacionamentos humanos (Tiago 3). Contudo, é importante também lembrar que o silêncio pode ser extremamente prejudicial aos relacionamentos. A falta de diálogo pode sedimentar um muro de separação entre as pessoas. Além do mais, o silêncio atrapalha nosso testemunho cristão aos outros, pois se não falamos, não divulgamos a bondade do Senhor (Salmo 39). Dessa forma, devemos pedir a Deus que nos ensine a hora de falar e a hora de calar.
Na pedagogia bíblica sobre a boa comunicação, o texto de Tiago 1.19 é de suma importância. Ele nos ensina que muitos problemas poderiam ser evitados se houvesse um cuidado simples de pensar antes de falar. Depois de falada, a palavra não pode ser recolhida, e ela pode resultar em consequências desastrosas tais como: ofensas, mágoas e amarguras, decepções, inimizades e até separações. Para se evitar uma comunicação deficiente, ou mesmo prejudicial, gostaria de sugerir algumas providências a serem tomadas. É claro que a aplicação das mesmas requer disciplina e vigilância. Os frutos, todavia, poderão ser extremamente benéficos.1. Importe-se com o outro. O primeiro passo para uma boa comunicação é se importar com o bem da outra pessoa. Algumas palavras machucam tanto aqueles que ouvem que, se o autor da mesma se colocasse no lugar de quem ouve, reteria e não pronunciaria o dito ofensivo. Dessa forma, procure conhecer as necessidades, os interesses, as expectativas do seu interlocutor. O próprio Jesus nos enfatizou esse princípio ao dizer: “como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles” (Lucas 6.31).
2. Prepare um lugar adequado para a conversa. Todos sabem que para se ouvir corretamente é preciso que não haja muita distração no ambiente. Logo, escolha um lugar tranquilo e que não esteja tão sujeito a contínuas interrupções. Esse princípio parece ser quase impossível nos dias atuais, pois tanta atenção é dada aos eletrônicos ao redor, que a distração parece ser a norma dos dias atuais. Todavia, as constantes interrupções e desvios de atenção são inconvenientes e nocivas ao diálogo, pois evitam que a conversa flua com eficiência.
3. Escolha o momento conveniente. Tratar de assuntos importantes em momentos de cansaço e distração é, geralmente, pouco produtivo. Além do mais, o tratamento e a discussão de determinados assuntos deveria ser, inclusive, planejada, a fim de produzir efeito positivo. A própria Bíblia ensina que o “sábio conhece o tempo e o modo” (Eclesiastes 8.5). Não apenas o modo, mas também o tempo!
4. Tenha o estado emocional sob controle. Nada é mais nocivo para uma comunicação aberta que o descontrole emocional. Pessoas muito irritadas estão mais interessadas em descarregar suas emoções negativas sobre o outro do que ouvir ou mesmo dialogar.
Certamente poderíamos ampliar esta lista de sugestões. Também, sempre nos lembrar que “…de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mateus 12.36-37).