O GOVERNO DA IGREJA

O GOVERNO DA IGREJA

Existem três tipos de governo na Igreja. O congregacional, no qual os membros, por meio da assembleia, governam a igreja. O episcopal, em que um líder da igreja (pastor, bispo etc.) governa de maneira monárquica a igreja. Por último, o presbiteriano, que é o nosso, quando presbíteros eleitos governam a comunidade.

Embora a Igreja, no presbiterianismo, eleja seus líderes, precisamos entender que o governo presbiteriano não é uma democracia. O poder na Igreja não emana do povo. Não elegemos oficiais para que eles nos representem e se empenhem na manutenção de nossos interesses. A Igreja só tem uma fonte de poder, que é Cristo, o cabeça do povo redimido (Ef 1.22-23, Cl 1.18).

Ao indicarmos ou elegermos os oficiais da Igreja (que, além de presbíteros, também inclui diáconos), devemos estar conscientes de que não estamos buscando os mais capazes/influentes ou os que melhor se encaixam em nossos planos. Os oficiais são aqueles que Cristo, Senhor da Igreja, chamou e capacitou para o serviço.

Esse chamado (vocação) para o oficialato implica um testemunho interno, ou seja, o oficial entende que Cristo o chamou para aquela tarefa, e implica também que tal homem foi capacitado pelo próprio Jesus para atuar num determinado ofício (At 6.1-6, 1Tm 3.1-13 e Tt 1.5-9).

Junto ao chamado interno e à capacitação para o ofício, Nosso Senhor também convoca seus oficiais para o serviço por meio de indicação e do voto da Igreja, o que é chamado de vocação externa.

Os diáconos e presbíteros são chamados oficiais porque eles são os representantes do Rei. Quando eles são ordenados (separados e designados para exercer autoridade no ofício para o qual foram chamados e eleitos), os presbíteros colocam as mãos sobre o novo oficial não para transmitir dons ou poder, mas como símbolo de reconhecimento de que Jesus o chamou.

Encerro, irmão leitor, convidando-o a orar para que Jesus nos mostre os homens que ele escolheu e capacitou para o serviço. Nem sempre é fácil discernir, numa eleição eclesiástica, entre o que é desejo do meu coração pecaminoso e o que é a santa vontade divina.

Ler as Escrituras, orar de forma regular e persistente pedindo a orientação do Santo Espírito e conversar com outros irmãos para buscar discernir o que o Deus Trino está fazendo com nossa comunidade são exercícios que ajudam muito.