Mauro Meister
Carne vale, adeus à carne, ou remover a carne! Esse é o significado do nome da festa “Carnaval”, que fundamentalmente é uma festa do catolicismo romano, mas que tem tradições anteriores ao catolicismo, nas festas dos deuses pagãos, caracterizadas por grande sensualidade. A ideia fundamental era, anteriormente, um período de inversão de valores: Tudo aquilo que era proibido no cotidiano, seria permitido nessa festa. Devido à popularidade dessas celebrações e percebendo que não conseguiria lutar culturalmente contra tudo isso, o catolicismo romano incorporou a festa ao seu calendário litúrgico.
O Carnaval acontece quarenta e sete dias antes da Páscoa e inaugura, então, o que seria a quaresma – o período de jejum, antes da Páscoa. Assim, considerando que o jejum haveria de chegar, o Carnaval passou a ser uma festa de grandes abusos.
Por que nós cristãos, especialmente evangélicos reformados, nãodevemos participar dessa festa? Há vários motivos, mas consideremos apenas dois:
Em primeiro lugar, porque não cabe em nosso calendário, não faz parte daquilo que somos e nem representa o que cremos. Em outras palavras, essa festa é completamente contraditória com os nossos princípios bíblicos.
Em segundo lugar, porque essa festa segue aquele espírito antigo de ser uma festa muito sensual, e essa sensualidade carnavalesca não condiz com os valores morais da vida e da santidade cristã. Então além de ser uma festa que não tem nada a ver conosco, ela é também uma festa que representa o oposto daquilo que nós lemos nas Escrituras a respeito de santidade. Assim, o cristão verdadeiro, preocupado com a sua vida espiritual não deve participar, ele não deve assistir, ele não deve incentivar as celebrações carnavalescas.
Às vezes eu recebo a seguinte pergunta: “Mas pastor, se a gente reunir crianças aqui, inocentemente, e colocá-las aqui para pular a festa, afinal todo mundo está fazendo isso, tem problema?” É claro que tem, porque você não estará preparando essas crianças para aquilo que é verdadeiro e santo. Você abrirá um caminho, uma porta aberta para que essas crianças no futuro não entendam a diferença entre o santo e o profano. Então, na minha visão, o cristão não tem nada a ver com essa festa, não deve participar e nem incentivar ou até mesmo assisti-la em qualquer forma. Fica aqui a dica.