Pr. Valdeci Santos
No livro de Gênesis temos relatada a história de Jacó, que a caminho do oriente, passou a noite na região de Luz, mais tarde chamada Betel (cap. 28.10-19). Enquanto dormia naquele lugar, Jacó sonhou com uma escada cujo topo atingia o céu e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Ao acordar, Jacó edificou um altar e disse: “Quão terrível é este lugar! É a casa de Deus, a porta dos céus” (cap. 28.17).
Mais tarde, porém, já no Novo Testamento, Jesus se apresentou como sendo a porta que conduz à salvação. Em João 10.9, Jesus disse: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo”. Em outras palavras, não existe nenhum outro caminho para salvação, senão por meio de Jesus. Quem tem o Filho tem a vida, mas quem não tem o Filho de Deus nunca experimentará a salvação eterna.
Talvez essa verdade possa ser ilustrada por uma história dramática que ouvi há anos. Havia, nos EUA, um homem muito rico, que gostava de apreciar obras de artes com o seu filho. Os dois ficavam horas apreciando quadros famosos de Rembrandt, Rafael, van Gogh e outros. Porém, um dia o filho recebeu a convocação para servir como soldado na Guerra do Vietnã. Ali, nos campos de batalha, em um ato de extrema coragem, o rapaz conseguiu resgatar alguns colegas do seu batalhão, mas, ao fazê-lo, ele foi atingido no coração por uma bala inimiga e veio a falecer. O pai recebeu a notícia da morte do seu filho e ficou devastado.
Anos mais tarde, próximo ao Natal, o pai recebeu em casa a visita de um soldado em uniforme, que trazia um embrulho em suas mãos. O soldado se apresentou dizendo: “O senhor não me conhece, mas eu sou umas das pessoas que seu filho salvou no campo de batalhas. Enquanto ele me carregava, foi atingido por uma bala, morrendo imediatamente, mas eu devo minha vida ao seu filho. Como gratidão, pintei um quadro com a imagem do seu filho, pois ele nos contava como vocês gostavam de admirar pinturas”. Ao receber o embrulho, o pai ficou admirado de como o soldado, um leigo na arte da pintura, havia captado tão bem o olhar de seu filho e sua postura corporal. A partir daquele momento, todas as vezes que o homem recebia algum visitante em casa, antes de mostrar as famosas obras de arte, ele apresentava a eles o quadro do seu filho.
Depois da morte daquele pai, todas a obras de arte foram levadas a leilão. O leiloeiro iniciou aquele evento dizendo: “Nós começaremos com o quadro do filho. Quanto me dão por essa obra?”. As pessoas presentes começaram a protestar, dizendo que não haviam ido para aquele leilão por aquela obra, mas pelos quadros famosos de Rembrandt, Rafael e van Gogh. O leiloeiro, porém, parecia não se importar e continuou perguntando: “Quanto me dão pelo quadro do filho?” Ninguém quis comprar até que uma voz no fundo disse: “Quinhentos reais é tudo o que eu tenho!” Após aguardar alguns minutos sem obter nenhuma outra oferta, o leiloeiro vendeu o quadro do filho para o jardineiro da família por quinhentos reais.
Logo depois que o quadro do filho foi arrematado, o leiloeiro anunciou que o leilão estava encerrado. A multidão, porém, protestou, pois queria os quadros mais valiosos. O leiloeiro explicou, então, que possuía claras instruções, registradas em cartório, deixada pelo proprietário das obras antes de morrer. As instruções eram de que todas as obras seriam levadas para o leilão e que o quadro do filho deveria ser leiloado primeiro. Mas quem aceitasse o filho, levaria todas as outras obras valiosas.
A Bíblia afirma que Jesus é a porta que conduz à salvação. Quem recebe o Filho, recebe tudo com Ele. Minha oração é para que você que lê esta história já tenha recebido Jesus em seu coração como o único que nos conduz à salvação.